Área de Concentração

O tema da História da Arte Global vem mobilizando a área há algumas décadas. O problema da incorporação de objetos, práticas e tradições artísticas e culturais ao panteão do que se convencionou chamar de arte ocidental ocupa espaço relevante no pensamento histórico da arte desde sua criação na Primeira Época Moderna, marcada pela expansão das fronteiras do Velho Mundo. O impulso colecionista da época é apenas uma das faces desse interesse pelo outro, pelo desconhecido.

 

No início do século XX, vários historiadores da arte se envolvem nos estudos de obras de arte oriental, africana, mesoamericana, entre outras. O contato com esses novos objetos, para os quais a disciplina histórico-artística não parecia ter nem conceitos nem procedimentos metodológicos adequados, levou, portanto, a diferentes críticas à História da Arte mais tradicional. Foi, porém, no quadro mais recente da globalização que essas críticas se tornaram mais densas, associando-se à própria crise da disciplina histórica e aos discursos do seu fim.

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Por tudo isso, a chamada História da Arte Global surge como uma possibilidade renovadora, ainda que hoje em dia venha recebendo críticas, sobretudo a partir de constatações acerca da impossibilidade de se adotar estratégias e formas de interpretação que dessem conta da radical heterogeneidade das culturas do planeta. Ainda assim, consideramos essencial participar da demanda contemporânea pela revisão da abrangência, dos princípios e métodos da História da Arte, que está associada às tentativas de produção de uma História da Arte Global.