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Benjamin Frouin

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A cantora Dejean. Litogravura de [Sébastien] Auguste Sisson (1824-1898), Rio de Janeiro. Acervo Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.

Projeto:

(Des)territorialização das óperas e cantatrizes europeias no Brasil no século XIX.

Financiamento:
Institut d’Histoire des Représentations et des Idées dans les Modernités, IHRIM (Université Lumière Lyon 2) e Réseau Français d’Etudes Brésiliennes, REFEB - Ambassade de France au Brésil.

 

Resumo:

Desdobramento de nossa tese sobre os teatros de província dentro do sistema teatral francês, esta pesquisa tem como foco o trânsito internacional do repertório francês de ópera, centrando-se particularmente no caso do Rio de Janeiro do século XIX. Entendemos que as questões de deterritorialização colocadas pela nossa tese se renovam nessa perspectiva global. Até que ponto o modelo francês influencia estruturalmente as práticas líricas na então capital do Império, nomeadamente a criação da Academia Imperial de Música e da Ópera Nacional em 1848? Uma citação significativa do escritor Machado de Assis (O Espelho. Revista Mensal de Literatura, Modas, Indústria e Artes, n°09, 30 outubro 1859, p. 06), então com apenas vinte anos, deixa transparecer todo o interesse em tratar estas questões:


Todavia cumpre lembrar o infundado de certo preconceito que por aqui passa por sentença. Falo do concurso de artistas estrangeiros que para algumas suscetibilidades patrióticas tira a cor nacional à idéia da nova instituição. Os que assim pensam parecem ignorar que o talento não tem localidade, fato reconhecido na Europa. A Ópera, a Grande Ópera de Paris, a capital das civilizações modernas, como começou? Com esse concurso de estrangeiros. [...] Ora, em Paris onde se dão essas coisas, há um Conservatório de Música, em um alto pé de desenvolvimento, há iniciativa do governo, e teatro regularizado.


A crítica machadiana nos convida a uma reflexão sobre uma multidão de agentes – dentre os quais as obras e os intérpretes são os dois principais - que, desterritorializados, voltam a ser regionalizados, isto é, investem o território tanto quanto são por ele investidos.

 

Como se deu a desterritorialização do teatro francês no Rio de Janeiro? Quem foram seus agentes e quais suas redes de interação? Qual a sua recepção e que dinâmicas transculturais emergem desse processo? São algumas das questões que nos colocamos nessa pesquisa, que tem como base documental, sobretudo, os acervos da Fundação Biblioteca Nacional e do Arquivo Nacional.

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