Marcelo Campos
Marcelo Campos nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro. É professor associado do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da UERJ. É curador do Museu de Arte do Rio. Foi diretor da Casa França-Brasil entre 2016 e 2017. É professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e membro dos conselhos do Museu do Paço Imperial (RJ) e do Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea (RJ). É doutor em Artes Visuais pelo PPGAV da Escola de Belas Artes da UFRJ (2005). Desenvolveu tese de doutorado sobre o conceito de brasilidade na arte contemporânea. Possui textos publicados sobre arte brasileira em periódicos, livros e catálogos nacionais e internacionais. No livro "Escultura Contemporânea no Brasil: reflexões em dez percursos" (Salvador: Editora Caramurê, 2016), Campos revê suas análises e inclui parte significativa da produção moderna e contemporânea brasileira em um levantamento de mais de 90 artistas. Desde 2004, realiza curadoria de exposições em diversas instituições no Brasil, dentre as quais são destacadas algumas a seguir.
As matrizes africanas e afro-brasileiras são pesquisadas em exposições como "Bispo do Rosário, um canto, dois sertões", no Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea, em 2015; "Orixás", Casa França Brasil, 2016; "O Rio do Samba: resistência e reinvenção", Museu de Arte do Rio (MAR), 2018, junto com Evandro Salles, Nei Lopes e Clarissa Diniz. Em 2018, uma grande exposição atualizou o mapeamento da região Nordeste, incluindo pesquisa e trabalho de campo em todos os estados da região, junto com os curadores Clarissa Diniz e Bitú Cassundé, resultando numa mostra de grande porte no Sesc 24 de maio, em São Paulo. Atualmente, coordena pesquisas sobre artistas afrodescendentes no Projeto de extensão "Arte e Afrobrasilidade".
Projeto de pesquisa
Título
Nas fronteiras da arte: reflexividades contemporâneas
Linha de Pesquisa
Arte e Alteridade
Descrição
Este projeto propõe estudos e análises sobre as reflexividades do objeto de arte. Buscam-se, em distintas imagens e narrativas, as condições que fundamentam objetos e sujeitos numa suposta produção de arte que se contextualiza em discursos identitários. A antropologia e a arte nos alertam que a ação está circunscrita a ethos e visões de mundo, o que nos impulsiona a refletir sobre a interseccionalidade entre etnicidades, gêneros, classes sociais, naquilo que passou a ser denominado "pós-colonialismo". O narrador assume instâncias de produtor de gestos e, sobretudo, protagonista, inserindo-se, muitas vezes, como crítico dos discursos vigentes. Expõe-se, deste modo, a arte como estratégia política a pertencimentos socioculturais.
Efrain Almeida. Hummingbirds. Escultura em bronze policromado, 2015.
Foto: Wilton Montenegro.